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As mensagens hackeadas da Lava Jato foram divulgadas pela justiça.
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O desembargador diz que tais mensagens podem beneficiar mais de 380 suspeitos.
- Por Camilla Ribeiro
- 15/06/2023 17h10 - Atualizado há 1 ano
As provas apreendidas na Operação Spoofing foram divulgadas a todos os investigados da Lava Jato. A liberação ocorreu na segunda seção do Tribunal Regional Federal da Primeira Região (TRF-1) .
Elas tinham sido recolhidas após hackers invadirem celulares do ex-juiz Sergio Moro e de ex-procuradores do Paraná.
A seção foi dividida por 5 votos a 3, ocorrida nesta quarta-feira (15). Ney Bello, desembargador, disse que tal ação poderá beneficiar cerca de 380 suspeitos.
"Como nós não estamos decidindo o mérito, que peso vão colocar na prova, se vai ser válida ou não, se é invalida porque foi hacker, se o peso é x ou y, é em cada processo criminal", disse Ney Bello sobre a anulação.
As defesas dos casos tentam por meio do diálogo anular os julgamentos, insistindo que o juiz e ex-procuradores tiveram um comportamento alterado.
Diante disso, o colegiado debateu um recurso apresentado pelo advogados. O meio pedia uma revisão das decisões anteriores, pedindo acesso as mensagens, para assim analisar o que seria colocado ou não como prova.
O desembargador Bello afirma que se um réu teve acesso então o outro também tem direito de ter.
Com isso o magistrado explica:
"Se estamos dando acesso para alguém que foi processado, são 382 processados. Vamos julgar 382 mandados de segurança iguais. Porque, na verdade, todos vão entrar com mandados de segurança pedindo o acesso que a gente já deu. Por isso, coloquei estender isso para todo mundo que já foi processado para que a gente não julgue 382 mandados de segurança”.
Já ocorreu nesta semana um julgamento virtual do plenário do STF, onde foi decidido a não destruição das mensagens recolhidas. Além disso, o STF também possui uma atividade se as mensagens são verídicas como provas.